sexta-feira, abril 29, 2005

ANESTESIADO HÁ 49 DIAS !!!!

Quando há 49 dias o novo Governo foi empossado, o País estava gravemente doente.
Havia fábricas a fechar, o desemprego a aumentar; o défice orçamental muito acima dos 3%; o serviço nacional de saúde com dívidas assustadoras e incapacidades alarmantes; os impostos ameaçando aumentar, quer na sua componente directa, quer no custo dos serviços públicos (transportes e outros); a Justiça com ameaçadores sintomas de insuficiência; o ensino com um panorama pior que mau; etc, etc.
Tudo isto era motivo para comentários e discussões alarmantes a todas as horas nos médias que os portugueses, quer gostem, quer não gostem, têm de consumir (jornais, rádio e televisão).
A ansiedade e angústia eram gerais.
Será que já foi feito algum tratamento ?
Será que estão já previstos e programados outros ?
Não,,,, que se saiba.
Mas os sintomas das doenças parecem ter desaparecido.
Porquê ?
Porque o País está anestesiado e não sente já as dores.
Façamos votos para que não morra na anestesia.

sexta-feira, abril 22, 2005

CERCA DE METADE

Quando alguém perguntou a João Paulo II quantas pessoas trabalhavam no Vaticano, ele respondeu com um sorriso meigo e muita ironia: “cerca de metade”.
Aparentemente o que se passa em matéria de produtividade no Vaticano é o que acontece na maioria das empresas e organizações portuguesas em que só parte dos trabalhadores é que trabalha. Os restantes pouco ajudam e nalguns casos até prejudicam.
A produtividade, obviamente é baixa, com a excessiva protecção da lei e a vigilância atenta dos sindicatos, que protegem os (maus) trabalhadores (os bons não precisam de protecção).
A fim de exercerem a suas funções com a maior eficiência deveriam as empresas ter liberdade para escolherem os seus trabalhadores, sem constrangimentos.
Alguém imagina uma equipa de futebol em que os jogadores, a título de uma qualquer preocupação social, não pudessem ser dispensados quando jogam mal ?
Faz algum sentido manter no activo trabalhadores desajustados tecnologicamente e no desemprego os filhos deles que têm melhor escolaridade e preparação ?
Não seria preferível dar o subsídio de desemprego ao pai e pagar o salário ao filho?
Com maior produtividade, haveria mais e melhor economia e mais recursos para proteger aqueles que precisam.
Por que razão no casamento é possível o divórcio e no emprego não?

terça-feira, abril 12, 2005

UM PEQUENO PASSO

No seu recente congresso, o PSD não soube, ou não quis, mudar de vida.
Os congressistas dividiram-se.
De um lado ficou a vontade de darem continuidade, com outras pessoas, à demagogia e ao populismo que caracterizou a política de Santana Lopes, pensando que esse sistema de fazer política é o que dá em Portugal resultados a mais curto prazo.
Do outro, a mudança para uma prática política com mais seriedade, que para muitos poderia significar uma longa travessia no deserto e a perda de eventuais prerrogativas.
No meio, uma terceira via, teórica e académica, mas sem liderança.
Neste cenário, sem dispor de um exército coeso, Luís Marques Mendes vai ter uma missão muito dura e muito difícil.
Mas é motivadora a sua disponibilidade para o sacrifício e para uma luta ingrata.
Neste congresso o PSD não mudou de vida. Mas deu um passo nesse sentido.
E todos os caminhos começam por um pequeno passo.

O PS ANDA POR AÍ

Desde que assumiu funções nada de relevante foi feito pelo novo Governo, não obstante dispor de maioria absoluta, de um estado de graça pouco comum, do apoio inconfessado do Presidente da República, da expectativa ansiosa da maioria dos portugueses e do facto de conhecer perfeitamente os principais problemas do País.
Até agora apenas se registaram algumas decisões de pouca importância, para além da criação de muitas comissões para estudarem o que está suficientemente estudado.
Dizem que o PS não quer criar controvérsia antes da eleições autárquicas.
Provavelmente pretenderá fazer o mesmo antes das presidenciais.
É caso para perguntar onde está o PS ?