quarta-feira, junho 30, 2004

OLHAR O PASSADO

O tempo corre muito rapidamente e, de repente, estamos a olhar para o passado, que a memória nos permite reviver ....
Nem sempre avaliámos bem os nossos procedimentos (nem as opções feitas) e de alguns nos arrependemos mais tarde.
Fomos livres para escolher, mas não somos para nos libertarmos das consequências dos nossos actos.

quinta-feira, junho 17, 2004

A BANHADA DO PROFESSOR MARCELO

Quando, na década de 1950, frequentava o 1º. ciclo do liceu (actuais 5º e 6º ano) o meu professor de português, Dr. Pires de Lima, contou um pequeno episódio para exemplificar a sua preocupação pelo uso crescente de uma linguagem vulgar e imprópria, normalmente designada por calão. Segundo ele, seguia num carro eléctrico completamente cheio quando entraram duas “senhoras” que logo procuraram chamar a atenção dos passageiros sentados. E uma delas terá dito em voz bem alta: “Que chatice...não há lugares”. O professor que, apesar da idade, se preparava para oferecer o seu lugar, imediatamente desistiu. Para ele, a palavra “chatice” era imprópria de uma pessoa educada e causava-lhe calafrios.
Lembrei-me deste episódio depois de ouvir na televisão o Prof. Dr. Rebelo de Sousa referir a “banhada” que o Governo tinha apanhado nas eleições para o parlamento europeu.
Como comentador político, o Professor não pode esquecer a sua qualidade académica e o facto de que é um modelo para muitos jovens. Deve ter a preocupação de usar uma linguagem simples e clara, mas não deve ceder à demagogia na utilização das palavras, pois é um mau exemplo.